Falando sobre a depressão

Outro dia estava lendo um livro de Rubem Alves, “Ostra feliz não faz pérolas”, é um livro muito gostoso de ler com várias crônicas. Uma delas, que leva o nome do livro, em especial me chamou a atenção. Resumindo a estória, havia um grupo de ostras que viviam cantando, mas uma delas não cantava, pois sentia muita dor, que por sua vez acabou se isolando das outras. A causa de tanta dor era um grão de areia que havia entrado em seu corpo, e causava um sofrimento intenso. A ostra não cantava, pois era triste, mas o grão, causa de sua tristeza, com o passar do tempo transformou-se em uma pérola muito rara.

Entendo que a moral desta estória é que o sofrimento tem o seu valor, e precisa de tempo para ser elaborado, podendo levar o ser humano à um crescimento emocional e por que não à uma felicidade maior e mais completa.

Hoje depressão é uma palavra do cotidiano. Toma-se antidepressivo para tudo, quase como se as pessoas não pudessem ficar tristes, ou pelo menos, deixar transparecer a tristeza. Não sou contra antidepressivos, mas acredito que é preciso mais cuidado ao diagnosticar uma depressão, que é sim um quadro patológico muito sério. É preciso diferenciar melhor as depressões que são patológicas e aquelas que fazem parte da vida. Há momentos nos quais estar triste ou deprimido é um sinal de saúde mental e a reação mais coerente, sendo fundamental tolerar esta carga até que ela possa ser elaborada.

A depressão é um problema que tem origem nas relações, devido há uma dificuldade de elaborar a culpa, e é nas relações que a cura será possível. Geralmente o depressivo sente suas relações como muito frágeis, assim como têm medo de seu potencial e pensamentos destrutivos, tornando-se incapaz de tolerar sua raiva e agressividade, e suprimindo assim parte do que é ser humano, através do humor deprimido. E mesmo entendendo racionalmente, simplesmente não aceita que o amor é ódio podem fazer parte da mesma relação.

Sei que é difícil conviver com uma pessoa deprimida, é pesado, além de gerar uma sensação de impotência, por não saber como ajudar, e muitas vezes já perdidos e sem esperança nos afastamos aos poucos do doente. Mas como psicólogo, acredito que a depressão é antes de tudo um pedido de ajuda, e mesmo que através dos sintomas e da atmosfera depressiva, se há ali alguém que pede ajuda, é porque há esperança. Mais do que isto, o humor depressivo indica que a pessoa tem algo de valor, que precisa ser preservada, e por isso têm também medo de perder ou destruir este algo.

É preciso estar junto e ajudar o paciente a viver e entender a depressão, sem perder de vista a vitalidade que ainda lhe resta, pois a pessoa que sofre tem dificuldade para enxergar além do sofrimento. Não basta eliminar os sintomas, é preciso resgatar o humano. Por isso na terapia com pacientes depressivos, o vínculo, mais do que o conteúdo e as interpretações do terapeuta, torna-se a essência do tratamento.

Ansiedade...

Vou falar sobre o aspecto principal da ansiedade, que basicamente é uma necessidade de controlar os acontecimentos futuros, o ambiente e a reação das pessoas. Ou seja, a pessoa tenta prever o que vai acontecer e se preparar para os possíveis problemas, vivendo em um futuro que em geral não acontece, mas sentindo a necessidade de tomar atitudes no presente. Muitas vezes é acompanhada de outros sintomas como sudorese, insônia, dores de barriga, alergias, etc. Esta ansiedade pode aparecer como uma sensação generalizada, ou estar ligada a representações ou situações específicas, que são as conhecidas fobias. Contudo, o que define a ansiedade como uma patologia é a intensidade e duração da mesma, e o quanto esta limita a vida do indivíduo.

É claro que em algumas situações, sentir-se ansioso é normal e até ajuda, como em uma entrevista de emprego, ou uma apresentação em público, pois a pessoa de fato procura se preparar melhor, e conseqüentemente torna-se mais confiante. O que precisa ficar claro, é que o que diminui a ansiedade não é o número de previsões feitas, mas a sensação de estar preparado para determinada situação. Porém, há casos em que, por mais bem preparado que a pessoa esteja, a sensação de que algo vai dar errado é tão grande, que é impossível relaxar e sentir confiança em si mesma. Citei dois exemplos comuns, mas para quem sofre deste mal, qualquer situação pode gerar ansiedade.

Por ser um admirador de D. W. Winnicott, acredito que a ansiedade tem origem no início da vida, quando o bebê ainda está estruturando as bases de sua personalidade, e por alguma razão não consegue criar a confiança necessária no meio em que vive, sendo obrigado a, desde muito cedo, defender-se de situações sentidas como ameaçadoras. Porém, é preciso lembrar que para um bebê, que não tem a noção de tempo, espaço e mal sabe de si, qualquer susto ou incômodo, pode ganhar uma dimensão infinita. Depois naturalmente este bebê cresce e passa a racionalizar esta sensação, buscando formas de controlá-la, mas sempre a partir da crença de que algo ruim vai acontecer.

Poder explicar e ter a sensação de controlar os acontecimentos pode ser um alívio, mas é sempre temporário, pois a racionalização é apenas uma defesa contra a ansiedade, sendo que a pessoa não consegue relaxar e viver no presente, precisa sempre estar no futuro. Ou seja, os gestos e atitudes do ansioso são reações aos seus medos, ao invés de serem gestos espontâneos. 

A longo prazo isto acaba tendo várias conseqüências físicas como tensão muscular, stress, cansaço, entre outras, assim como psíquicas, como falta de espontaneidade, sensação de vazio e um empobrecimento da personalidade, pois as experiências pessoais são vividas à partir de defesas, impedindo que o indivíduo amadureça a partir do contato com os acontecimentos reais, quer sejam eles bons ou ruins, sendo este contato parte da riqueza de estar vivo.

Por que sempre os pais?


Na psicanálise, e na psicologia de uma forma geral, é comum em algum momento na terapia, falar a respeito da vida familiar, focando principalmente nas figuras parentais, independente da idade do paciente. Trazendo a tona, conflitos e sentimentos que durante muito tempo ficaram guardados. Muitos perguntam, “como algo que me aconteceu há tanto tempo pode me afetar hoje?” ou simplesmente dizem, “eu nunca vivi um trauma, não entendo porque isto acontece”. A resposta a estes questionamentos é relativamente simples na teoria, mas nem por isso sua resolução é automática. 

Basicamente, como pessoas “maduras”, tentamos utilizar nossa lógica para dar conta de sentimentos e sensações que não conseguimos entender, ou seja, tentamos enquadrar um problema antigo na nossa forma de pensar atual. Contudo, na época em que estávamos estruturando as bases da nossa personalidade, tínhamos uma forma de apreender o mundo completamente diferente.

Procure se colocar no lugar de um bebê ou de uma criança pequena. Tudo é muito intenso, e cada momento pode ganhar proporções infinitas, tanto em experiências boas quanto ruins. Logo, por mais que estes momentos durem poucos segundos, ou minutos, a dimensão da experiência é imensurável. Pensando assim, podemos entender o “trauma” como algo ruim que o ego não foi capaz de suportar, devido à sua imaturidade. Assim, o que é traumático para um bebê, pode não ser para uma criança de dois anos, ou seja, a natureza do trauma é diferente de acordo com o estágio de desenvolvimento.

Para falar a verdade não precisamos ir muito longe para perceber isto, pois mesmo enquanto adultos, muitas vezes nos desestruturamos por alguns instantes, e só conseguimos nos acalmar por saber que aquele sentimento ruim não vai durar para sempre, ou encontramos formas de nos distrair para não pensar naquilo. Porém, no momento em que estamos vivendo um medo, ansiedade, vergonha ou tristeza muito intensa, perdemos o chão por um tempo. É claro que um momento ruim ou bom não é o bastante para estabelecer um padrão, e é por isso que a criança precisa de, além dos bons cuidados, estabilidade e repetição.

Assim, estes pequenos momentos vividos passam a integrar e constituir o que será o ego do indivíduo, e os pais são fundamentais na estruturação da personalidade de seus filhos, não apenas porque ensinam coisas, mas também por garantir um ambiente seguro e proporcionar experiências boas e repetidas, e para tal, não precisam saber sobre desenvolvimento infantil, mas precisam ser capazes de desenvolver uma comunicação genuína e afetuosa, respeitando o ritmo, as necessidades e a imaturidade de seus filhos. De forma que traços como confiança, segurança, espontaneidade, entre outros, começam a se estruturar logo nos primeiros meses de vida.

Por exemplo, uma mãe que não espera o bebê ter forme, e está sempre fazendo a criança comer, está violando um impulso natural do mesmo, impedindo o bebê de conhecer suas próprias necessidades. Ou uma família que acredita que a criança não deve chorar por qualquer coisa, e por isto desde bebê evita pegá-lo no colo, isto pode gerar na criança, a sensação de que seu sofrimento não é importante. Ou talvez um pai que tem dificuldade de elogiar ou ser carinhoso, pode acabar sendo severo em demasia, criando uma criança insegura, mas ao mesmo tempo super exigente. Enfim, diversos são os exemplos, nos quais o padrão de cuidado pode afetar o desenvolvimento emocional da criança.

Contudo, vou terminar o texto em “defesa” dos pais, que em geral, amam, cuidam e fazem sacrifícios pelos filhos, pois não podemos esquecer que muitas vezes os pais, também foram filhos que passaram por dificuldades, e por isso tem seus “pontos cegos”, mas não são pais ruins, pelo contrário, são pessoas de valor e preocupadas, que desejam o melhor para seus filhos. E talvez, podemos ser humanos e únicos, justamente porque temos falhas.

Luto saudável ou patológico?


         O fato de perder uma pessoa é ruim em si, logo ficar triste é um direito e uma reação natural. A pessoa enlutada precisa de tempo para assimilar a nova realidade, e organizar a perda internamente. Quando alguém importante morre, é difícil simplesmente entender e aceitar que ela não está mais lá, e por mais irracional que pareça, continuamos desejando, no cotidiano, a manifestação daquela presença, esperando que ela chegue do trabalho, sente-se à mesa de jantar, faça algum comentário, e até temos o impulso de ligar para a pessoa que faleceu, de forma que somos obrigados a lidar com a mesma perda constantemente, pois cada detalhe nos remete a uma ausência, gerando diversos sentimentos como frustração, vazio, raiva, tristeza, entre outros, e por vezes, chegamos a duvidar do nosso senso de realidade.

Espera-se que com o tempo a pessoa comece a se desvincular destes hábitos, memórias e expectativas, de forma que possa retomar a vida e relacionar-se novamente. Então, em um luto saudável, o sofrimento e o humor depressivo surgem como uma forma de enfrentar e assimilar a perda. O luto é elaborado e a capacidade para criar novos vínculos continua preservada. Segurança, confiança nos vínculos, capacidade para ser agressivo e se posicionar diante a vida, acabam sendo elementos fundamentais para elaborar um luto de forma saudável, pois são indicadores de maturidade emocional.

            Contudo, algumas pessoas não conseguem fazer este desligamento, e o processo de luto parece não ter fim, gerando um desânimo constante, e uma falta de sentido generalizada. Nestes casos é preciso investigar o que leva o indivíduo a continuar investindo sua atenção, pensamentos e emoções, em uma relação que não mais existe. Não raro, a pessoa falecida aparece idealizada, e qualquer iniciativa para deixar a vida antiga ou recuperar a vitalidade é sentida como uma forma de traição, sendo o resultado uma melancolia sempre presente. 

Curiosamente, na clínica, percebemos que o processo de luto tem mais haver com a vida do que com a morte. Por exemplo, uma pessoa que têm uma tendência a centralizar todas as responsabilidades pode experimentar a morte de outrem com uma culpa excessiva. Outra, muito dependente pode viver a perda como um abandono, rejeição e uma solidão desproporcional. Alguns podem até mesmo sentir que estão sendo punidos de alguma forma. Enfim, cada um elabora o luto de uma forma diferente, de acordo com sua própria história e questões pessoais.

Nestes casos, a psicoterapia tem como linhas gerais entrar em contato com a perda, deixar que surjam sentimentos ambivalentes que caracterizavam cada relação e diluir as idealizações, para que a morte que o ocorreu na realidade externa, possa ocorrer também na realidade psíquica, e no tempo certo devolver ao enlutado seu direito à vida. E isto, obviamente, nada tem haver com esquecer, desmerecer ou desrespeitar a pessoa morta, mas simplesmente viver a dor de forma significativa e completa.

Ver e ser visto

Vale muito a pena assistir ao documentário “Janela da Alma”, de João Jardim e Walter Carvalho, que mostra 19 pessoas com deficiência visual – da miopia à cegueira – falando sobre o ato de olhar, a visão e sobre o que é visto, compreendido. Diferentes deficiências, que ao mesmo tempo limitam e transcendem a percepção e visão de mundo, assim como possibilitam novas formas de ser.  Ou seja, coloca em questão como o indivíduo se constitui à partir da relação entre ver e ser visto.  

           O objetivo aqui não é falar sobre o documentário, que pela sua beleza e sensibilidade, permite infinitas discussões em diversas áreas do conhecimento, mas sim trazer um recorte e um ponto de vista à partir da psicologia. Participam do documentário vários intelectuais, alguns bastante famosos como José Saramago e Oliver Sacks, mas o depoimento de Marjut Rimminem, cineasta, em especial problematiza o processo de subjetivação através do olhar.

           Marjut nasceu estrábica, e descreve a forma como sua mãe a olhava, sempre triste e deprimida, como se ela fosse um fracasso, o que a fez buscar algo especial, algo que ninguém tinha ou já tivesse feito. Tornou-se cineasta e transformou sua dor e frustração em “joias”, e após sucessivas operações pôde corrigir a ausência de paralelismo entre os olhos. Curiosamente as pessoas não notaram, ou não disseram nada à respeito de sua bem sucedida aquisição. Percebeu então que todo o dano causado pelo sofrimento era essencialmente interno, e a deformação principal estava em seu olhar, na forma como pensava ser vista e como via a si mesma, e não em seu órgão da visão. A mãe da cineasta não conseguia olhar para ela, só podia vê-la no limite de sua própria depressão. Incapaz de estabelecer uma comunicação, não via uma criança, e sim uma falha, talvez uma falha pessoal imbuída de culpa.

          A questão do olhar atravessa frequentemente a clínica, e o paciente nos ensina a importância de ser visto dentro de suas próprias necessidades, demandando um olhar que acolhe e aceita, e ao mesmo tempo espelha o que é visto. Muitas vezes encontro à minha frente um adulto, que trabalha e é relativamente bem sucedido, mas é preciso enxergar um adolescente, uma criança ou até mesmo um bebê, o que não quer dizer que devemos infantilizar o paciente, contudo precisamos buscar uma comunicação genuína com esta parte que não se desenvolveu emocionalmente, e não depende tanto da fala, mas do olhar e da atitude do terapeuta.

         Alguns pacientes são capazes de fazer análises e previsões racionais impressionantes, mas incapazes de dizer do que gostam ou fazer escolhas de forma pessoal. Pouco sabem de si, e procuram estruturar alguma segurança através de uma imagem fixada no olhar do outro. No entanto, este outro pode espelhar um vazio, uma expectativa excessiva, um desejo pessoal ou qualquer outra coisa, que nada diz sobre aquele que é olhado. É por esta razão que o olhar da mãe (biológica ou não) é um elemento fundamental na constituição da personalidade de qualquer um, pois é o primeiro olhar que recebemos, uma comunicação silenciosa e essencial.

Em algum nível, isto acontece com todos, mas alguns têm a força para dizer “não quero isto para mim” ou “isto não tem a ver comigo”, e depois romper com a situação, pois constituíram um senso de existência própria. Outros continuam submissos e impossibilitados de viverem de forma pessoal, sentindo que algo está faltando, ao mesmo tempo em que não têm um norte para seguir.
                

Quando e como procurar um psicólogo?

Procurar um psicólogo é um problema para muitas pessoas, pois envolve ainda muito preconceito e expectativas errôneas. Uns não gostam da idéia de falar coisas pessoais para um desconhecido, outros têm vergonha de dizer que fazem terapia ou precisam de ajuda, os mais céticos entendem isto como um sinal de fraqueza e há os que simplesmente não conhecem ninguém e não sabem como procurar.

Quando?

Não há um momento exato para procurar um psicólogo, há o momento em que você decide procurar por um. As pessoas costumam procurar um profissional quando estão em crise, e o sofrimento torna-se insustentável, ou seja, já não há mais recursos para lidar com tal problema. Um problema não aparece da noite para o dia, provavelmente o sofrimento já vinha se anunciando há um tempo. Portanto, a intensidade do sofrimento não deve ser o único indicador de quando buscar ajuda, mas também o desejo de melhorar e sentir-se mais feliz, mais completo.

Procure respeitar seu sofrimento, e aceitar que não está conseguindo sair dele sozinho. Não ignore este sofrimento, principalmente se souber que ele não é passageiro, mesmo que seja apenas um incômodo constante. Não compare seu sofrimento com os dos outros, pois cada caso é um caso. E não sinta vergonha de dizer que não está feliz. Isto já é um bom começo, literalmente, pois o momento em que decide melhorar já é o início do seu processo psicoterapêutico.

Como?

É difícil dizer qual linha teórica é a melhor, e sinceramente, não acho que ler sobre as diversas teorias vai ajudar o paciente a encontrar um psicólogo melhor, pois cada teoria merece um estudo aprofundado. Até mesmo porque o paciente procura um profissional, e não uma teoria. Mas há bons e maus psicólogos, e a melhor forma de achar um é através da própria experiência.

Permita-se fazer entrevistas iniciais com mais de um psicólogo, independente da linha teórica que ele segue, mesmo tendo uma indicação pessoal. E veja qual te deixa mais à vontade, ou seja, com qual deles você consegue ser mais natural e falar mais abertamente. Na terapia, o vínculo é importantíssimo.  Mas o psicólogo precisa no mínimo estar cadastrado no conselho regional de psicologia.

Pense no quanto está disposto a gastar com a terapia, os preços variam muito no mercado. Se gostar muito de um psicólogo, que cobre mais do que você pode pagar, procure negociar e explicar suas condições financeiras, afinal não custa nada tentar. Caso você não possa pagar, procure instituições de ensino que tenham uma clínica-escola, como a USP ou PUC, entre outros.

Na internet você pode encontrar redes de psicologia, sites ou blogs. Procure um psicólogo que esteja perto de onde você mora, trabalha ou estuda. A freqüência é um fator muito importante na terapia, e faltas constantes por causa do trânsito ou da distância não é uma boa idéia. Obviamente, a distância não deve ser mais importante do que sua escolha por determinado psicólogo.

Enfim, através da sua própria experiência e julgamento, procure um profissional comprometido e estabeleça um bom vínculo inicial. A confiança no profissional e os resultados da terapia vêm depois.